sábado, 1 de dezembro de 2007

A timidez esconde os talentos

Há tempos não escrevo nada. Nada bom. Estava chapada mais do que queria. Mas na verdade não era isso o que ela queria, estar chapada mais do que queria? Ouvia a música e algumas vozes que não ouvia, mas havia. Só a música. Era só a música agora. “Uma trilha sonora para o que você está escrevendo”, ele disse. Quando ela parou de escrever, ele parou de tocar. Mas isso quer dizer tanta coisa. As entrelinhas estão expostas, é uma questão de percepção. Vem correndo e traga pra mim (do verbo tragar, não trazer). Pensei qualquer coisa sobre os vidros, ela fechou os vidros. Sintonia. Não quero esquecer. Porque a beleza de não esquecer é o momento em que se acredita nisso. Difícil escrever agora, né? É. Mas eu preciso.