terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Por Oswaldo Montenegro

ela era virgem
e o vento alisava seus pêlos
pra ela suspirar
e era um namoro selvagem
de sexo de ventania
e quando o vento não vinha
ela mesmo corria
pra ventar

ela era virgem
e o mar só lambia suas coxas
pra ela se molhar
e ela era só maresia
em dia de tempestade
ela deixava a cidade e
abria suas pernas para o mar

e roçava os cães com a pele cálida
pássaros com a mão
cobras no ar

e amava tigres e leões
gatos nos porões
e à noite dormia
encharcada