domingo, 2 de dezembro de 2007

Quase um segundo

A metáfora almodovariana de ¡Átame! é um verdadeiro manual a ser seguido quando se tem a intenção de fazer com que alguém se apaixone por você. Luisa tem seguido fielmente as instruções. Mostrou-se a pessoa mais interessante - do mundo - segundo ela mesma. Ser interessante é opção, e ela optou por sê-lo, somente. Sua sensibilidade é assim, incomum. Até lançou demonstrações de afeto bastante originais dessa vez. Digo dessa vez, porque já tentara outras mais, sem êxito. Agora parece estar “no exit” – pra não perder a chance do trocadilho barato. Pois é ela quem está atada. Sempre fica, mas pensa fazer bom uso das técnicas do espanhol. Logo, não entende por que nunca funciona. Como pode alguém cujo ela idealizou tanto, durante o tempo todo que dedicou a isso, se personificar e não querer, entender, que deve ficar junto dela? Cúmulo. São perfeitos, como se diz, um para outro, outro para um. Almas afins.


1. Estar atado, e certo de que é válido o empenho.

2. Fazer-se interessante. Acreditar-se interessante.
Saber-se interessante.

3. Atar ao pé da cama.

4. Soltar as amarras.

5. E então, “ata-me”