segunda-feira, 23 de abril de 2007

Disk Pare de Fumar

Eis aqui o cigarro que você fuma todos os dias, logo quando acorda ou quando anda pela rua com a outra mão no bolso; enquanto escreve ou lê um livro; quando os sintomas do stress te alcançam depois de um dia ruim, ou quando muito abalada emocionalmente, e até quando ri num barzinho com os amigos. Se sozinha, eu te sirvo muito bem de companhia, no silêncio que fala, no silêncio que grita, como se fosse sua última saída, sua única opção, quando não resta nada melhor a fazer. Será? Não acredito que prefira mesmo café com leite a café com cigarro. É, eu sou um vício que você não consegue largar, um mau-hábito que te faz mal pra saúde e coração. Te deixo tonta e sem fôlego. Fica mais difícil a cada tragada, não é mesmo? Ainda mais em se tratando de um careta classe A, de sabor peculiar. Se acha muito ousada e esperta ao fumar escondida, mas só depois de jogar fora a bituca, aliviada, e pisar em cima pra apagar, com gosto. Tolinha! À essa altura o meu filtro já absorveu tudo: sua boca, sua saliva, sua pose e a maneira como me segurava entre os dedos. Vai por mim, de que nada adianta mascar um, dois, três chicletes e se embanhar de creme, sendo que meu gosto e meu cheiro não vão sair de você assim tão fácil.